Confesso que não sou, nem nunca fui, grande admirador dos fóruns de futebol na televisão. E por vários motivos. O mais importante e mais óbvio prende-se com o facto de, na grande maioria das vezes, pouco ou nada se falar de futebol! Fala-se dos árbitros, dos foras-de-jogo, das faltas, do sistema, etc etc. De futebol, pouco ou nada. E desse pouco, convém dizer, as participações deixam muito a desejar. Na maioria das vezes a pessoa que intervém ou pouco percebe do assunto ou não vê para lá da cor do seu clube. Claro que todos nós temos uma tendência natural para a parcialidade neste tipo de coisas, mas convém salvaguardar uma certa coerência! Principalmente se nos vamos pôr a falar na televisão... E é aqui que entramos no campo dos abutres! Sempre foi normal nos fóruns falar-se principalmente do Benfica (sportinguistas e portistas incluído), isso não é novidade para ninguém. Contudo, é impressionante constatar como este ano o anti-benfiquismo está ainda mais vincado! Sinceramente dá-me gozo observar como esses anti-benfiquistas (subdivididos entre simpatizantes do Porto e do Sporting) ligam para esses fóruns com a única intenção de falar do Benfica! Um exemplo perfeito aconteceu recentemente no fórum da Sporttv, depois de o Benfica vencer o Belenense por 0-4. Durante os quase 10 minutos em que assisti ao programa (não consigo muito mais do que isso, confesso) ouvi dois portistas e um sportinguista. E do que é que todos eles optaram por falar? Do Benfica, pois claro! Todos eles indignadíssimos e revoltados com a arbitragem porque no terceiro golo do Benfica havia um fora-de-jogo de 20 centímetros! Claro que este lance fez toda a diferença no jogo e atrevo-me mesmo a dizer que, tivesse aquele golo sido invalidado, o Belenenses ganharia por 3-2! Se bem me recordo, o Benfica foi massacrado o jogo inteiro, não foi?!
Já se sabe que os abutres são assim, sempre à procura de um pedaço de carne podre! E quantos não andam por aí a pairar, desejosos por um voo em falso da águia para picarem os restos...
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
E vão mais 4!
Outro jogo do Benfica, mais uma goledada! Desta vez por 4-0 ao Belenenses. Conforme escrevi no início da temporada, a grande diferença do Benfica deste ano é atitude de querer sempre mais. E quando esta ambição é posta em prática de uma forma sustentada e organizada (é preciso muita disponibilidade táctica e física para jogar assim), faz-se valer a velha máxima de que a melhor defesa é o ataque. Claro que o Belenenses, à semelhança do Vitória de Setúbal, não é uma equipa de top. Mas o que tem acontecido é que os adversários do Benfica não jogam porque simplesmente não conseguem! O Benfica pressiona no campo inteiro e ataca sempre com pelo menos 4 homens, não permitndo sequer às outras equipas ter bola! Portanto antes de se dizer que os adversários do Benfica têm jogado pouco, é preciso tentar perceber porquê... E sinceramente, vejo aqui mais mérito do Benfica do que desmérito dos adversários.
Já sabemos que nem todos os jogos vão ser assim e que o Benfica vai jogar menos bem e ter dificuldades em vários encontros, porque até ao Barcelona isso acontece! Mas parece-me que, conseguindo a equipa marcar cedo e não tirando o pé do acelarador, vão acontecer mais goleadas. O lado menos bom, e à que estar preparado para isso, é que os adversários vão jogar com o Benfica ainda mais retraídos, principalmente na Luz. Vamos ver muitas vezes equipas a defender com 10 ou 11 homens atrás da linha da bola e a fazer o máximo anti-jogo possível. À falta de argumentos para discutir o jogo, vai imperar a defesa do 0-0 a todo o custo. Enquanto que as equipas vão a Alvalade com esperanças (legítimas) de fazer uma gracinha e jogam sem pressão, na Luz sabem que se facilitam ou se se abrirem muito, sujeitam-se a sair de lá goleadas!
Vamos lá ver se na quinta-feira, mais uma vez, o Benfica BATE no ceguinho.
Já sabemos que nem todos os jogos vão ser assim e que o Benfica vai jogar menos bem e ter dificuldades em vários encontros, porque até ao Barcelona isso acontece! Mas parece-me que, conseguindo a equipa marcar cedo e não tirando o pé do acelarador, vão acontecer mais goleadas. O lado menos bom, e à que estar preparado para isso, é que os adversários vão jogar com o Benfica ainda mais retraídos, principalmente na Luz. Vamos ver muitas vezes equipas a defender com 10 ou 11 homens atrás da linha da bola e a fazer o máximo anti-jogo possível. À falta de argumentos para discutir o jogo, vai imperar a defesa do 0-0 a todo o custo. Enquanto que as equipas vão a Alvalade com esperanças (legítimas) de fazer uma gracinha e jogam sem pressão, na Luz sabem que se facilitam ou se se abrirem muito, sujeitam-se a sair de lá goleadas!
Vamos lá ver se na quinta-feira, mais uma vez, o Benfica BATE no ceguinho.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Pós Geração de Ouro
Adivinha-se complicada a qualificação de Portugal para o Mundial de 2010 na África do Sul. Depois do empate (injusto) na Dinamarca deixámos de depender de nós próprios e vamos ter de voltar a recorrer a fé e à máquina calculadora...
Verdade seja dita, já tínhamos perdido esse tradicional mau hábito. E isso é bom sinal. Contudo, é importante não termos memória curta. Se recuarmos uns anos, constatamos que desde 1996 Portugal falhou somente uma grande competição, o França 98 (em grande parte por causa da expulsão injusta do Rui Costa no jogo da Alemanha). Ou seja, desde a chamada Geração de Ouro que estivemos presentes em 6 grandes competições de 7 possíveis! E dessas 6, em 5 fomos pelo menos aos quartos-de-fnal! Para um país da dimensão de Portugal, que até então tinha marcado presença somente em dois Mundiais e dois Europeus, penso que é um feito notável. Claro que, após terminado o ciclo da Geração de Ouro, sobra uma grande responsabilidade / pressão para quem vem a seguir. E mesmo que lá esteja o melhor jogador do mundo e uma equipa cheia de jogadores a jogar nas melhores equipas da Europa, isso não muda. No futebol, uma equipa é feita por mais do que a soma das suas partes. E embora a qualidade esteja lá, é preciso compreender e aceitar estas dores de crescimento. Não é fácil substituir jogadores como Figo, Rui Costa, Pauleta, Paulo Sousa, Fernando Couto, Baía, João Pinto, etc! Não só pelo que jogavam, mas fundamentalmente pelo que representavam. É preciso entender que, todas as selecções do mundo, muitas delas com mais historial no futebol mundial do que Portugal, passam obrigatoriamente por fases de renovação. E durante esse processo, até a esses pesos-pesados acontece ficarem de fora de uma grande competição.
Claro que temos valor mais do que suficiente para ir ao Mundial 2010. Claro que vão lá estar selecções mais fracas que Portugal. Claro que espero que Portugal também lá esteja. Mas se não estiver, que venha daí o Euro 2012. Com tristeza, mas sem drama.
Verdade seja dita, já tínhamos perdido esse tradicional mau hábito. E isso é bom sinal. Contudo, é importante não termos memória curta. Se recuarmos uns anos, constatamos que desde 1996 Portugal falhou somente uma grande competição, o França 98 (em grande parte por causa da expulsão injusta do Rui Costa no jogo da Alemanha). Ou seja, desde a chamada Geração de Ouro que estivemos presentes em 6 grandes competições de 7 possíveis! E dessas 6, em 5 fomos pelo menos aos quartos-de-fnal! Para um país da dimensão de Portugal, que até então tinha marcado presença somente em dois Mundiais e dois Europeus, penso que é um feito notável. Claro que, após terminado o ciclo da Geração de Ouro, sobra uma grande responsabilidade / pressão para quem vem a seguir. E mesmo que lá esteja o melhor jogador do mundo e uma equipa cheia de jogadores a jogar nas melhores equipas da Europa, isso não muda. No futebol, uma equipa é feita por mais do que a soma das suas partes. E embora a qualidade esteja lá, é preciso compreender e aceitar estas dores de crescimento. Não é fácil substituir jogadores como Figo, Rui Costa, Pauleta, Paulo Sousa, Fernando Couto, Baía, João Pinto, etc! Não só pelo que jogavam, mas fundamentalmente pelo que representavam. É preciso entender que, todas as selecções do mundo, muitas delas com mais historial no futebol mundial do que Portugal, passam obrigatoriamente por fases de renovação. E durante esse processo, até a esses pesos-pesados acontece ficarem de fora de uma grande competição.
Claro que temos valor mais do que suficiente para ir ao Mundial 2010. Claro que vão lá estar selecções mais fracas que Portugal. Claro que espero que Portugal também lá esteja. Mas se não estiver, que venha daí o Euro 2012. Com tristeza, mas sem drama.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Feitos num Oito
Foi o que aconteceu ontem ao Vitória de Setúbal!
Sinceramente não me recordo do Benfica marcar 8 num jogo! Quando na maioria das vezes se tem de sofrer na bancada até ao minuto 90, uma goleada construída desde cedo deixa-nos numa daquelas raras situações em que realmente pudemos apreciar o jogo sem a preocupação do resultado! Quem esteve no Estádio da Luz pôde ver um jogo diferente e em ambiente de festa, a fazer lembrar os tempos do Eusébio e companhia...
Claro que o Vitória (eles não gostam de ser tratados por Setúbal) não deu sequer trabalho ao Benfica, mas não esqueçamos que o jogo foi fácil porque o Benfica também fez (e muito bem) por isso. Nem tão pouco foi daqueles resultados em que cada bola que lá ia entrava na baliza! Quem viu o jogo sabe que bem poderiam ter sido 10 ou 11! E foi disso que mais gostei na exibição de ontem do Benfica. Durante os 90 minutos e com o avançar do marcador como se pontapés de canto se tratasse, o Benfica nunca tirou o pé do acelerador. E é nisto, novamente, que tem de se dar mérito ao JJ. A equipa sempre procurou mais e mais como se o jogo estivesse 0-0. Via-se vontade em marcar sempre mais um golo! No passado recente, perdi a conta às vezes em que o Benfica se apanhava a ganhar por 1 ou 2 golos e começava a engonhar, a defender o resultado e a desistir de tentar jogar. Ontem não. Ontem aos 90 minutos olhava para o banco e via um treinador que ganhava por 8-0 a gritar e a gesticular sem parar como se precisasse de mais um golo para ganhar. É esta mentalidade vencedora e sempre à procura da superação que acima de tudo me dá gosto nesta equipa do Benfica. Nem sempre se pode ganhar ou até jogar bem, mas quando tens uma equipa com qualidade e um treinador que exige o máximo em todos os lances do jogo de certeza que as probabilidades aumentam consideravelmente.
Ontem quase tudo saiu bem porque o Benfica fez por isso. E quando assim é, é meio caminho andado...
Venham de lá mais jogos com esta atitude (que os resultados vêm de arrasto)!
Sinceramente não me recordo do Benfica marcar 8 num jogo! Quando na maioria das vezes se tem de sofrer na bancada até ao minuto 90, uma goleada construída desde cedo deixa-nos numa daquelas raras situações em que realmente pudemos apreciar o jogo sem a preocupação do resultado! Quem esteve no Estádio da Luz pôde ver um jogo diferente e em ambiente de festa, a fazer lembrar os tempos do Eusébio e companhia...
Claro que o Vitória (eles não gostam de ser tratados por Setúbal) não deu sequer trabalho ao Benfica, mas não esqueçamos que o jogo foi fácil porque o Benfica também fez (e muito bem) por isso. Nem tão pouco foi daqueles resultados em que cada bola que lá ia entrava na baliza! Quem viu o jogo sabe que bem poderiam ter sido 10 ou 11! E foi disso que mais gostei na exibição de ontem do Benfica. Durante os 90 minutos e com o avançar do marcador como se pontapés de canto se tratasse, o Benfica nunca tirou o pé do acelerador. E é nisto, novamente, que tem de se dar mérito ao JJ. A equipa sempre procurou mais e mais como se o jogo estivesse 0-0. Via-se vontade em marcar sempre mais um golo! No passado recente, perdi a conta às vezes em que o Benfica se apanhava a ganhar por 1 ou 2 golos e começava a engonhar, a defender o resultado e a desistir de tentar jogar. Ontem não. Ontem aos 90 minutos olhava para o banco e via um treinador que ganhava por 8-0 a gritar e a gesticular sem parar como se precisasse de mais um golo para ganhar. É esta mentalidade vencedora e sempre à procura da superação que acima de tudo me dá gosto nesta equipa do Benfica. Nem sempre se pode ganhar ou até jogar bem, mas quando tens uma equipa com qualidade e um treinador que exige o máximo em todos os lances do jogo de certeza que as probabilidades aumentam consideravelmente.
Ontem quase tudo saiu bem porque o Benfica fez por isso. E quando assim é, é meio caminho andado...
Venham de lá mais jogos com esta atitude (que os resultados vêm de arrasto)!
Europa League
O Benfica vai jogar a Liga Europa no Grupo I, juntamente com Everton, AEK Atenas e Bate Borisov. Não é fácil mas também não assusta. É acessível e em conformidade com o grau de dificuldade apresentado, de modo geral, nos outros grupos. Penso que o primeiro jogo, em casa e com o adversário teoricamente mais fácil (Bate Borisov), é importantíssimo. Começar bem é meio caminho andado e embora seja preciso disputar 6 jogos o Benfica não pode perder pontos com a equipa menos cotada, principalmente no Estádio da Luz. Até porque depois do Bate Borisov vem o ciclo mais difícil com AEK (fora) e os dois jogos com o Everton.
Olhando para os 12 grupos, acho o Benfica capaz de fazer uma gracinha este ano. Não está nenhum tubarão na prova (a não ser que sejam repescados futuramente da Champions) e as equipas mais fortes parecem-me o Valência, a Roma e com alguma boa vontade o Werder Bremen. Como adepto, aponto por isso os quartos-de-final como meta. Chegar lá é aceitável, menos que isso é mau e o que vier a mais é lucro!
Outro pormenor que me parece importante é o cada vez maior número de jogos da prova, em contraste, por exemplo, com a Liga Sagres. A equipa campeã, partindo do princípio de que entrou em competição na última pré-eliminatória, fará 17 jogos! Se tivermos em conta que o campeonato português tem 30 jornadas, dá que pensar...
Olhando para os 12 grupos, acho o Benfica capaz de fazer uma gracinha este ano. Não está nenhum tubarão na prova (a não ser que sejam repescados futuramente da Champions) e as equipas mais fortes parecem-me o Valência, a Roma e com alguma boa vontade o Werder Bremen. Como adepto, aponto por isso os quartos-de-final como meta. Chegar lá é aceitável, menos que isso é mau e o que vier a mais é lucro!
Outro pormenor que me parece importante é o cada vez maior número de jogos da prova, em contraste, por exemplo, com a Liga Sagres. A equipa campeã, partindo do princípio de que entrou em competição na última pré-eliminatória, fará 17 jogos! Se tivermos em conta que o campeonato português tem 30 jornadas, dá que pensar...
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